segunda-feira, 29 de junho de 2015

Empresários lançam documento com propostas para economia de baixo carbono

Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura tem objetivo de propor medidas para tornar país líder em sustentabilidade
 
Representantes de associações empresariais e organizações da sociedade lançaram nesta quarta-feira (24/6), na capital paulista, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. O objetivo é propor formas de contribuir para a construção de uma nova economia de baixo carbono que seja competitiva, responsável e inclusiva, mas que se alinhe com as agendas de proteção, conservação e uso sustentável das florestas na agricultura e na redução e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.

“Pretendemos promover e propor políticas públicas, ações e mecanismos financeiros e econômicos para o estímulo à agricultura competitiva e de baixo carbono, pecuária e economia florestal que impulsionem o Brasil como protagonista na liderança global da economia sustentável”, diz o documento divulgado pelo grupo, que deverá ser utilizado para subsidiar as propostas que o Brasil levará à 21ª Conferência do Clima, prevista para este ano, em Paris.

As entidades que aderiram ao projeto pretendem propor medidas que viabilizem a redução das emissões brasileiras de gases responsáveis pelo efeito estufa para garantir que, a partir de 2020, a emissão por pessoa seja menor ou igual à da média global. Além disso, a coalizão quer promover a recuperação de todas as áreas de preservação permanente e reserva legal, de acordo com o previsto na legislação, e desenvolver plantios florestais econômicos em áreas degradadas.

A presidenta do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, Marina Grossi, destacou que o Brasil é protagonista nos debates sobre preservação florestal. De acordo com Marina, o Brasil tem tecnologia de redução de gás carbônico, o que interessa “do ponto de vista de negócios”.Para ela, isso é fundamental e o país precisa mostrar essa oportunidade para o mundo. “Aqui se abre um processo para ir além de 2015.”

O secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, ressaltou que o desafio proposto aos empresários é grande, já que, segundo um estudo feito pela Universidade Federal de Santa Catarina, entre 1991 e 2012, houve 127 milhões de brasileiros afetados por desastres naturais “decorrentes de um clima extremo e hostil”. No período, os registros de municípios em situação de emergência ou calamidade pública chegaram a oito por dia.

“Entre janeiro deste ano e 12 de junho, tivemos 2.054 cidades que entraram em estado de calamidade pública ou emergência no país. De certa forma, o que estamos fazendo é unir diferentes em torno de uma mesa para pensar em como Brasil pode enfrentar esse desafio para transformar nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas”, disse Rittl.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Junqueira, afirmou que é preciso lembrar da importância de incorporar a questão da sustentabilidade nas negociações internacionais de comércio. “Não dá para fazer essas discussões separadas. Precisamos do apoio de todos para conseguir conciliar as duas coisas.” Junqueira acrescentou que o importante é a forma como a sociedade vai interagir nesses temas. “O caminho para uma sociedade de baixo carbono vai exigir esforços setoriais e individuais muito grandes. A coalizão é uma plataforma para facilitar essas discussões.”

Autoria: Agência Brasil

Fonte: Agroin Comunicação,  25 de junho
 

MAPA trabalha para implantar Plano ABC em mais Estados brasileiros

Atualmente dez unidades da Federação já desenvolvem planos e outras seis devem começar a executá-los em pouco tempo

O mês de julho será de intensas atividades nos estados para a implementação do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (Depros/SDC/Mapa), está trabalhando em parceria com os Grupos Gestores Estaduais (GGE) – formados por representantes do setor agropecuário local, pelas Superintendências Federais de Agricultura (SFA) e coordenado pelas Secretarias Estaduais de Agricultura – para que as unidades federativas elaborem seus Planos ABC Estaduais.

Esses planos devem conter o cenário agropecuário das localidades, objetivos, metas, estratégias, áreas prioritárias, quantidade de capacitações a serem realizadas e necessidades e oportunidades de cada região. Por isso, no início de julho, serão realizados seminários de sensibilização na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Acre.

Os seminários visam a mostrar aos produtores rurais, associações, entidades representativas do setor agropecuário, órgãos e instituições como funciona o Plano ABC, quais são as tecnologias disponibilizadas e como elas podem ser aplicadas nas propriedades de forma a contribuir para a melhoria da qualidade da vida e da elevação da renda do produtor rural. 

Em dez unidades da federação – Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Maranhão e Amazonas – os Planos ABC Estaduais já estão prontos e estão sendo colocados em prática.

Necessidades. Segundo o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Depros, Elvison Ramos, os planos desenvolvidos pelos Estados atendem com mais eficiência à realidade de cada localidade. “Os representantes do setor agropecuário de cada região conhecem melhor e com mais profundidade as necessidades da agricultura e da pecuária com relação à sustentabilidade na produção. ”

Por isso, acrescenta Ramos, durante os seminários e oficinas para a elaboração e implementação dos planos, os representantes do setor devem propor os objetivos, escolher as tecnologias que melhor se aplicam e definir as metas de acordo com aquilo que a região precisa, observando as limitações ambientais e oportunidades de melhoria. “O Mapa acompanha todas as etapas para a implementação dos planos estaduais”, assinala.

Os Estados do Pará, Rondônia, Ceará, Piauí, Sergipe e Paraná já estão com os planos prontos, aguardando apenas a publicação oficial para que sejam implementados. Em Alagoas, será realizada no final de julho a Oficina de Trabalho para a construção do Plano ABC Estadual, que é o passo seguinte após a realização dos seminários de sensibilização. “O objetivo dessa oficina é construir um documento preliminar ao plano para posterior publicação”, ressalta Ramos.

Adesão. A adesão ao Plano ABC vem crescendo a cada Plano Agrícola e Pecuário (PAP). No ano-safra 2014/2015, de julho a maio de 2015, já foram desembolsados R$ 3,09 bilhões. A expectativa para o PAP 2014/2015, que termina no dia 1º de julho, é de que as contratações cheguem a R$ 3,2 bilhões.

Para a safra 2015/2016, o Plano Agrícola e Pecuário disponibilizou para o Programa ABC R$ 3 bilhões para financiamento das tecnologias sustentáveis que, além de promover benefícios ambientais, aumentam a produtividade e consequentemente a renda do produtor rural.

O prazo para pagamento pode chegar a 15 anos, com 3 anos de carência. Os juros para produtores do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) são de 7,5% e do Programa ABC é de 8% ao ano. O médio produtor que apresentar projeto com as tecnologias do ABC terá juro de 7,5% disponibilizado.

Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.

Fonte: Feed & Food, 26 de junho

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Grupo Gestor do ABC Tocantins apresenta resultados de ações em reunião em Brasília

17/06/2015 - Eliane Tenório - Núcleo Agricultura

O engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), e também coordenador do Grupo Gestor do ABC Tocantins, Fernando Fernandes Garcia participou, no último dia 11, em Brasília (DF), da oficina “Monitoramento e Avaliação dos Planos ABCs nos Estados da Amazônia Legal”, promovida pelo Observatório ABC.

O encontro aconteceu para realizar trocas de experiências e informações entre os grupos Gestores do Plano Nacional de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) nos estados da Amazônia legal. Participaram do evento representante do Plano dos estados, do Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

Segundo Fernando Garcia, o Observatório ABC vem participando do monitoramento do Plano ABC por acreditar nas ações propostas no Plano ABC. O Tocantins aplicou recursos, no período de julho de 2011 a fevereiro de 2015, no valor de R$ 453,9 milhões, com a realização de 1.923 contratos de crédito rural, o que dá ao estado o status de 1° lugar da região norte e 7° no Brasil na aplicação de recursos do crédito rural do Programa ABC.

“Essa foi uma grande oportunidade de mostrar os bons resultados obtidos pelo Tocantins nas atividades e execução do plano ABC, graças às ações implementadas pelo grupo gestor”, disse. O compromisso do Tocantins é contribuir de 8,5 a 10,5%, da meta nacional que é a de reduzir de 36,1 a 38,9%, das emissões de gases de efeito estufa, no período de 2010 a 2020.

Mais ações

De acordo com Fernando Garcia, o Grupo Gestor do Plano ABC para o Tocantins vem sendo desenvolvido desde 2011 e nesse período o Tocantins realizou ações como a divulgação de informações e realização de cursos de capacitação, instalação de 40 unidades de referências tecnológicas em 26 municípios tocantinenses, e a participação de 5.400 pessoas em diversos eventos técnicos.

ABC no Tocantins

Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o qual é composto por um conjunto de ações voltadas a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na produção agropecuária, com metas estabelecidas até 2020 e parte da Política Nacional de Mudanças Climáticas e dos compromissos assumidos pelo Brasil na 15ª Conferência das Partes (COP-15), da Convenção do Clima.

Observatório ABC

O Observatório ABC é uma iniciativa voltada a engajar a sociedade no debate sobre a agricultura de baixo carbono. Coordenado pelo Centro de Estudo de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (GVAgro) e desenvolvido em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces), tem como foco a implementação do Grupo Gestor

Grupo gestor

No Tocantins o grupo gestor é composto por servidores da Secretaria de Seagro, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPT), Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Faculdade Católica do Tocantins (Facto), Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DFMDA), Superintendência Federal da Agricultura no Estado do Tocantins (SFA-TO), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Embrapa Pesca e Aquicultura (CNPASA – Embrapa), Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar- TO), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-TO), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), Sindicato e Organização das Cooperativas no Estado do Tocantins (OCB-TO), The Nature Conservancy (TNC Brazil).

Fonte: site da Secretaria de  Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) do Tocantins

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Encontro mostra experiência de produtor maranhense com ILPF

Acontece no próximo dia 26 de junho, em São Raimundo das Mangabeiras-MA, evento sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). Devem participar pesquisadores e analistas de transferência de tecnologias de diferentes Unidades da Embrapa, técnicos da extensão rural, produtores e outros profissionais ligados à agropecuária do Matopiba, região que abrange partes dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia e todo o Tocantins.

Estão programadas cinco estações técnicas. Na primeira, na segunda e na terceira, serão debatidos, respectivamente, os componentes florestal, agrícola e pecuário dentro do sistema ILPF. A quarta estação envolve visita às instalações e aos maquinários necessários para o sistema e, na quinta estação, haverá plenária sobre ILPF e Plano ABC.

Cláudio França Barbosa é analista de transferência de tecnologias da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), uma das unidades da empresa que atuam na região do Matopiba. A empresa vem trabalhando com Unidades de Referência Tecnológica (URTs) no Tocantins. Segundo ele, "as URTs nas propriedades rurais que a Embrapa Pesca e Aquicultura e o Ruraltins estão implantando no estado estão parcialmente consolidadas, ou seja, em uma primeira fase de capacitação de extensionistas rurais do Ruraltins por meio do projeto ABC TO. Algumas propriedades, distribuídas geograficamente por todo o Tocantins, incluíram em um planejamento plurianual participativo a integração dos sistemas de produção lavoura, pecuária e floresta em pelo menos uma de suas modalidades".

Atualmente, cerca de 10 propriedades, a maioria nas regiões Central e Sul do Tocantins, trabalham com ILPF sob a coordenação da Embrapa e do Ruraltins. Cláudio explica que "a predominância ainda é de integração somente dos componentes agrícola e pecuário, ficando o componente florestal com menor participação. No componente agrícola, há predominância das lavouras de soja e milho e, no pecuário, predomina a bovinocultura de corte".

O analista da Embrapa relata a importância de produtores rurais conhecerem experiências de outros produtores que deram certo. "No local do evento, o fato de os produtores visitantes conhecerem as experiências que deram certo, seus protagonistas, que trabalharam juntando pesquisa, extensão e aquele produtor rural anfitrião, lhe traz uma convicção das inúmeras possibilidades de adoção de tecnologias e processos produtivos em suas próprias fazendas. É importante porque (os produtores) observam o que deixaram de fazer em suas propriedades rurais e também o que lá fazem e não é feito ali. Conhecem o histórico, conseguem perceber situações desejáveis visualmente, além de ouvir os relatos das alterações ambientais, sociais e econômicas, em decorrência da experiência com ILPF, que ocorreram na propriedade visitada".

Encontros anuais – Um encontro desses será realizado a cada ano (até 2018) em cada um dos quatro estados que formam o Matopiba. Ao final do encontro no Maranhão, deve ser definido o local (qual URT será visitada) e a data do evento do próximo ano.

Esses encontros fazem parte de projeto da Embrapa que trabalha com transferência de tecnologias que utilizam ILPF no Matopiba. Além da Embrapa Pesca e Aquicultura, compõem o projeto na região outras três unidades: a Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI); a Embrapa Cocais (São Luís-MA); e a Embrapa Cerrados (Planaltina-DF). Assim como há ações no Matopiba, acontecem outras atividades, também relacionadas a transferência de tecnologias em ILPF, em diversas regiões do país.

Clenio Araujo (6279/MG)
Embrapa Pesca e Aquicultura

Telefone: (63) 3229-7836
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/