quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Apresentações do último módulo

Caros colegas

A seguir, links para as apresentações realizadas nos dias 4 e 5 de novembro, durante o último módulo da capacitação continuada. A ordem é a alfabética, de acordo com o(a) autor(a):

Alex (Axixá do Tocantins, TO)

Edmilson (Pium, TO)

Enéas  (Arapoema, TO)

João Filho (Almas, TO)

Julio (Jaú do Tocantins, TO)

Marcello (Pium, TO)

Marla (Pium, TO)

Milena (Nova Olinda, TO)

Milene (Lajeado, TO)

Rodrigo - Fazenda Cubículo (Combinado, TO)

Rodrigo - Fazenda Paraíso (Combinado, TO)

Valtécio (Dianópolis, TO)

Zé Carlos (Araguatins, TO)


Saudações,

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Extensionistas rurais do Tocantins relatarão suas experiências dentro do Projeto ABC

O projeto Transferência de tecnologia para consolidação de uma agricultura com baixa emissão de carbono no Tocantins / ABC TO, coordenado pela Embrapa, vai chegando ao fim. O último módulo de capacitação continuada está marcado para os dias 4 e 5 de novembro, no auditório da Embrapa Pesca e Aquicultura, na capital Palmas.
Desta vez, o foco será no relato das experiências dos técnicos de extensão rural que participaram do ABC TO. O coordenador do projeto, pesquisador da Embrapa Deivison Santos, explica que "este é o oitavo e último módulo e para nós é muito importante que os técnicos que participaram do projeto apresentem o seu trabalho nas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) e a sua percepção a respeito do projeto, a metodologia empregada, o papel desempenhado por cada instituição. Isso será de grande valia para avançarmos com melhorias para os projetos futuros".
O ABC TO é um dos projetos que a Embrapa desenvolve no Tocantins dentro da perspectiva de incentivo a uma agricultura com baixa emissão de carbono. Segundo Deivison, "esses mais de três anos (do projeto) demonstraram que o nosso trabalho está apenas começando. Já estamos com o processo de continuidade em andamento, existem os projetos TT ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta) e ABC Leite TO. Além disso, estamos elaborando outros dois projetos: um com enfoque em recuperação de pastagens degradadas e outro em irrigação".
A ideia é repetir a metodologia que tem sido usada no ABC TO, que é a capacitação teórico-prática continuada, quando o técnico de extensão rural vai tendo acesso ao conhecimento teórico e pode aplicá-lo, na prática, em alguma propriedade por ele assistida. "Queremos ainda expandir para o Matopiba, levando as boas experiências do Tocantins para toda a região, colaborando com as instituições locais desses estados na elaboração de projetos que contribuam para o atingimento das metas estabelecidas pelo Plano ABC", afirma o pesquisador.
Programação – Antes dos relatos dos técnicos de extensão rural, haverá uma contextualização do Plano ABC no estado. O agrônomo Fernando Garcia, da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), vai falar sobre a formação do grupo gestor do plano no Tocantins.
Já Milene Magalhães, agrônoma do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), abordará capacitação de extensionistas rurais. Deivison vai falar sobre o ABC TO de maneira geral e Roberto Valladão, também pesquisador da Embrapa, sobre impactos do projeto.
Clenio Araujo (6279/MG)
Embrapa Pesca e Aquicultura

Telefone: (63) 3229-7836
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Prezados amigos,

É com grande satisfação que lhes encaminho o convite para o Módulo T7 - Final do Projeto ABC TO, que acontecerá entre os dias 04 e 05/11/2015 no auditório da Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas - TO.

Foram mais de três anos de trabalho, avançamos em alguns aspectos, outros ainda devem ser melhorados nos próximos projetos. Porém, o que mais vale é a experiência adquirida, que deve ser muito bem analisada para que sejam feitas melhorias.

Eu e o restante da equipe do projeto aguardamos vocês na próxima semana!


Saudações,


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Brasil tem tecnologia para reduzir emissões além da meta do Plano ABC

Estudo realizado pelo Projeto Observatório ABC (Agricultura de Baixo Carbono) revelou que o Brasil tem um potencial de mitigar a emissão de gases de efeito estufa nas atividades agropecuárias. Se apenas três tecnologias de mitigação geradas pela pesquisa e já disponíveis forem adotadas, o País potencialmente pode promover até 2023 uma redução mais de dez vezes maior do que a meta estipulada pelo Plano ABC do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O plano foi originalmente idealizado para recuperar 15 milhões de hectares degradados, mas poderia ser estendido a 60 milhões de hectares.
Se o País recuperar pastagens e promover integração lavoura-pecuária ou integração lavoura-pecuária-floresta, deixariam de ser lançadas na atmosfera 1,8 bilhão de toneladas de CO2 equivalente, que são todos os gases de efeito estufa produzidos na atividade medidos em comparação aos efeitos do gás carbônico. "Esse é um cálculo conservador, pois desconsidera outras tecnologias preconizadas pelo Plano ABC e abarca apenas os municípios brasileiros com pastagens degradas", declara o pesquisador Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária (SP) coordenador do estudo intitulado "Invertendo o sinal de carbono da agropecuária brasileira" do Observatório ABC. 
Para chegar aos resultados, os pesquisadores estimaram as emissões da agropecuária brasileira caso não houvesse a adoção das tecnologias e usaram estimativas de crescimento do setor elaboradas pelo Mapa e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Nesse cenário hipotético, o Brasil chegaria a 2023 com um saldo de 3,62 bilhões de toneladas de CO2 equivalente. A boa notícia é que se somente as três tecnologias consideradas forem empregadas, todas as regiões brasileiras irão neutralizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no campo e ainda armazenariam um adicional de carbono no solo.
O trabalho considerou a pecuária bovina e sete culturas agrícolas: arroz, milho, trigo, cana-de-açúcar, feijão, algodão e pastagem. A pecuária é o maior emissor de GEEs e, entre as espécies agrícolas, a cultura do milho é a que mais produz esses gases seguida pela cana-de-açúcar, arroz, feijão e algodão. A soja, maior produto de exportação agrícola brasileiro, não apresentou emissões significativas por utilizar fixação biológica de nitrogênio (FBN) o que dispensa a aplicação de fertilizantes nitrogenados, principal fonte de emissão direta de GEE para essa lavoura.
Mais gado, menos gases
A mitigação promovida seria especialmente interessante no setor pecuário. Com a recuperação de pastos, de acordo com o documento, poderá haver um adicional de 0,75 unidade animal por hectare. Em 39 milhões de hectares, esse adicional será de 29,3 milhões de bovinos. "Essas cabeças adicionais teriam suas emissões neutralizadas e haveria ainda a vantagem de estocar mais carbono no sistema sem a abertura de novas áreas, é o chamado efeito poupa-terra", explica Assad. Ou seja, tecnologias como a recuperação de pastagens, além de colaborar para a mitigação dos GEEs também permitem o aumento da produção.
Outra pesquisa da Embrapa mostrou que o Brasil pode dobrar a área de suas plantações de grãos, atualmente com 55 milhões de hectares, e aumentar a lotação de seus pastos sem precisar abrir novas áreas agrícolas. O salto produtivo tem sido observado em propriedades que adotaram técnicas de sistemas de produção que associam a criação de gado à agricultura conhecidos pela sigla ILP (integração lavoura-pecuária).
"A recuperação dessas áreas representará um salto econômico e social, pois atingirá milhares de famílias que vivem no campo", aposta o pesquisador João Kluthcousky, da Embrapa Cerrados (DF). O pesquisador conta que a degradação veio do costume original do uso do campo no Brasil: o produtor abria a área para o gado, usava até exauri-la e depois abria outra área, e assim sucessivamente, deixando milhares de hectares de pastos degradados para trás.
Essa característica extrativista é típica do modelo de sistema extensivo de produção adotado na pecuária de corte brasileira, segundo lembra o entomologista José Raul Valério, pesquisador da Embrapa Gado de Corte (MS). Ele explica que as pastagens são a base da alimentação dos rebanhos e, por sua vez, são culturas de baixo valor por unidade de área, o que limita a adoção de medidas de correção e adubação do solo e até fitossanitárias. Assim, o produtor rural assemelha-se a um garimpeiro. "Após o desmatamento, a pastagem recém-aberta conta com a fertilidade natural do solo e raramente é adubada", conta o pesquisador.
A pastagem degradada geralmente sofre com a presença de insetos-praga, possui terra descoberta ou com pouca cobertura vegetal e incidência de doenças e plantas invasoras. Todos esses sintomas, no entanto, são uma parte pequena frente ao quadro geral da degradação, o que levou o pesquisador a construir uma analogia com a figura de um iceberg. "Esses sintomas não são a essência do problema que está sob o nível do solo e, por isso, é menos visível", pontua. O solo nesse estado é mais compactado (duro). Esse componente físico alia-se a fatores químicos como a baixa fertilidade e queda no vigor, na produtividade e na qualidade do solo. Valério acredita que mais do que gerar novas tecnologias, é necessário implementar as já existentes.
Por essas razões, os pesquisadores mostram que a recuperação dos pastos degradados, além de promover benefícios ambientais, pode dar um impulso importante à pecuária bovina. "A carne produzida a pasto no Brasil é majoritariamente oriunda de pastagens e muito pouco complementada por grãos, como na Europa e Estados Unidos, na qual a produção se dá primordialmente em confinamentos. Trata-se de uma carne que não oferece riscos à segurança alimentar, se vista pelo ângulo da competição com os humanos, e uma das mais  baratas e competitivas do mundo", afirma do pesquisador Manuel Macedo, da Embrapa Gado de Corte. Essa competitividade, segundo ele, já provoca reações do mercado mundial. "Há muita gente preocupada com nosso papel crescente nesse mercado mundial, no qual tem-se criado dificuldades por meio de barreiras sanitárias, por vezes exageradas, e outros óbices, como acusações de grandes emissões de gases do efeito estufa pela nossa pecuária, exagerado consumo de água, entre outros", afirma Macedo que também defende a ampla transferência das tecnologias envolvidas na recuperação.
Existem diversas tecnologias para recuperar pastagens. Conheça algumas disponíveis para adoção pelos produtores brasileiros
Integração lavoura-pecuária (ILP)
Em fazendas do oeste paulista e oeste paranaense, alternar dois anos de plantio de soja seguidos de dois anos de capim permitiu quintuplicar o número de animais no pasto. Além disso, o custo de produção por arroba caiu da faixa entre R$70 e R$100 para um valor entre R$30 e R$50. O segredo está na melhora da qualidade do pasto obtida pela alternância de espécies vegetais. Solos saudáveis produzem forrageiras de melhor qualidade nutricional e em maior volume. Ao se evitar a exaustão do solo a produção de soja também melhora. Vale ressaltar que a pesquisa obteve esses resultados com solos arenosos, um complicador relevante. "São solos considerados difíceis, mas que com o uso da tecnologia se tornam fáceis de manejar", declara o pesquisador João Kluthcouski, da Embrapa Cerrados. https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/3183569/integracao-com-lavoura-quintuplica-lotacao-animal-apos-recuperar-pastos
Um experimento realizado pela Embrapa Agropecuária Oeste (MS) na região conhecida como Bolsão Sul Mato-Grossense, que engloba 16 municípios, chegou a resultados surpreendentes. Os pesquisadores estimam que se fosse adotado um sistema de integração Lavoura Pecuária (ILP) nos moldes do sistema São Mateus, em apenas um terço da área disponível nessa região, que soma um milhão de hectares, haveria incrementos na produção da ordem de 15 milhões de sacos de soja e 12 milhões de arrobas de carne por ano, o que representaria um acréscimo anual superior a R$1,7 bilhão de reais para a região.
O São Mateus é um sistema ILP que consiste na antecipação da correção química e física do solo e do cultivo da soja em plantio direto, no qual a o plantio se dá sobre a palha da cultura anterior. Ele reduz os custos de recuperação da pastagem.
Leguminosas no pasto
Plantar feijão guandu associado ao capim braquiária é ótimo para o solo, nutritivo para o animal e excelente para a produtividade. Foi o que demonstraram pesquisas realizadas pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP), que recuperaram pastagens e promoveram ganho de peso médio de 51% por animal em comparação à situação anterior. O ganho de peso por hectare também foi maior por safra, 55% na primeira e 170% na segunda safra. A Embrapa desenvolveu a variedade Guandu BRS Mandarim, utilizada no experimento e que consiste numa opção viável aos pequenos produtores, por seu baixo custo de produção e fácil manejo. O guandu ainda serve de alimento ao gado na estação seca. 
Além dessas vantagens, o guandu promove a chamada adubação verde. "Por ser uma leguminosa, o guandu fixa nitrogênio nas raízes. Assim, o produtor recupera o pasto sem usar adubação nitrogenada. É uma maneira eficiente e prática de recuperar uma pastagem, gastando menos", ressalta o pesquisador Rodolfo Godoy, da Embrapa Pecuária Sudeste.
Régua de manejo de pastagem
Saber o momento ideal para colocar ou retirar o gado no pasto sempre foi um problema para os produtores. Para facilitar na tomada de decisão, a Embrapa desenvolveu a régua de manejo de pastagem. Trata-se de um bastão graduado indicando o momento de introduzir ou retirar animais do pasto de acordo com a altura do capim. A graduação varia de acordo com a espécie de forrageira. "O manejo correto varia em função da espécie de capim, da lotação e da época do ano, por isso é um desafio para o pecuarista", explica o zootecnista Haroldo Pires de Queiroz, um dos idealizadores da ferramenta. 
No pastejo contínuo, a régua mostra se é preciso aumentar ou diminuir a taxa de lotação no campo. No rotacionado, a ferramenta indica quando deve ocorrer a entrada e a retirada de animais. A taxa de lotação mais adequada corresponde àquela que permitir o consumo de toda a forragem entre as alturas de entrada e saída, em um período de um a sete dias. 
"Dos 200 milhões de hectares que temos de pastagens no Brasil, 60 a 70 milhões apresentam-se degradados e o superpastejo, quantidade excessiva de animais na área, é o grande responsável por isso", ressalta Queiroz. Cada capim possui suas características de manejo e o instrumento considera tais características. 
Fabio Reynol (MTb 30.269/SP)
Secretaria de Comunicação Embrapa
Dalizia Aguiar (MTb 20/03/14/MS)
Embrapa Gado de Corte

Telefone: (67) 3368-2144
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Fonte: Portal da Embrapa, 22 de setembro

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Empresários lançam documento com propostas para economia de baixo carbono

Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura tem objetivo de propor medidas para tornar país líder em sustentabilidade
 
Representantes de associações empresariais e organizações da sociedade lançaram nesta quarta-feira (24/6), na capital paulista, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. O objetivo é propor formas de contribuir para a construção de uma nova economia de baixo carbono que seja competitiva, responsável e inclusiva, mas que se alinhe com as agendas de proteção, conservação e uso sustentável das florestas na agricultura e na redução e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.

“Pretendemos promover e propor políticas públicas, ações e mecanismos financeiros e econômicos para o estímulo à agricultura competitiva e de baixo carbono, pecuária e economia florestal que impulsionem o Brasil como protagonista na liderança global da economia sustentável”, diz o documento divulgado pelo grupo, que deverá ser utilizado para subsidiar as propostas que o Brasil levará à 21ª Conferência do Clima, prevista para este ano, em Paris.

As entidades que aderiram ao projeto pretendem propor medidas que viabilizem a redução das emissões brasileiras de gases responsáveis pelo efeito estufa para garantir que, a partir de 2020, a emissão por pessoa seja menor ou igual à da média global. Além disso, a coalizão quer promover a recuperação de todas as áreas de preservação permanente e reserva legal, de acordo com o previsto na legislação, e desenvolver plantios florestais econômicos em áreas degradadas.

A presidenta do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, Marina Grossi, destacou que o Brasil é protagonista nos debates sobre preservação florestal. De acordo com Marina, o Brasil tem tecnologia de redução de gás carbônico, o que interessa “do ponto de vista de negócios”.Para ela, isso é fundamental e o país precisa mostrar essa oportunidade para o mundo. “Aqui se abre um processo para ir além de 2015.”

O secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, ressaltou que o desafio proposto aos empresários é grande, já que, segundo um estudo feito pela Universidade Federal de Santa Catarina, entre 1991 e 2012, houve 127 milhões de brasileiros afetados por desastres naturais “decorrentes de um clima extremo e hostil”. No período, os registros de municípios em situação de emergência ou calamidade pública chegaram a oito por dia.

“Entre janeiro deste ano e 12 de junho, tivemos 2.054 cidades que entraram em estado de calamidade pública ou emergência no país. De certa forma, o que estamos fazendo é unir diferentes em torno de uma mesa para pensar em como Brasil pode enfrentar esse desafio para transformar nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas”, disse Rittl.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Junqueira, afirmou que é preciso lembrar da importância de incorporar a questão da sustentabilidade nas negociações internacionais de comércio. “Não dá para fazer essas discussões separadas. Precisamos do apoio de todos para conseguir conciliar as duas coisas.” Junqueira acrescentou que o importante é a forma como a sociedade vai interagir nesses temas. “O caminho para uma sociedade de baixo carbono vai exigir esforços setoriais e individuais muito grandes. A coalizão é uma plataforma para facilitar essas discussões.”

Autoria: Agência Brasil

Fonte: Agroin Comunicação,  25 de junho
 

MAPA trabalha para implantar Plano ABC em mais Estados brasileiros

Atualmente dez unidades da Federação já desenvolvem planos e outras seis devem começar a executá-los em pouco tempo

O mês de julho será de intensas atividades nos estados para a implementação do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (Depros/SDC/Mapa), está trabalhando em parceria com os Grupos Gestores Estaduais (GGE) – formados por representantes do setor agropecuário local, pelas Superintendências Federais de Agricultura (SFA) e coordenado pelas Secretarias Estaduais de Agricultura – para que as unidades federativas elaborem seus Planos ABC Estaduais.

Esses planos devem conter o cenário agropecuário das localidades, objetivos, metas, estratégias, áreas prioritárias, quantidade de capacitações a serem realizadas e necessidades e oportunidades de cada região. Por isso, no início de julho, serão realizados seminários de sensibilização na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Acre.

Os seminários visam a mostrar aos produtores rurais, associações, entidades representativas do setor agropecuário, órgãos e instituições como funciona o Plano ABC, quais são as tecnologias disponibilizadas e como elas podem ser aplicadas nas propriedades de forma a contribuir para a melhoria da qualidade da vida e da elevação da renda do produtor rural. 

Em dez unidades da federação – Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Maranhão e Amazonas – os Planos ABC Estaduais já estão prontos e estão sendo colocados em prática.

Necessidades. Segundo o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Depros, Elvison Ramos, os planos desenvolvidos pelos Estados atendem com mais eficiência à realidade de cada localidade. “Os representantes do setor agropecuário de cada região conhecem melhor e com mais profundidade as necessidades da agricultura e da pecuária com relação à sustentabilidade na produção. ”

Por isso, acrescenta Ramos, durante os seminários e oficinas para a elaboração e implementação dos planos, os representantes do setor devem propor os objetivos, escolher as tecnologias que melhor se aplicam e definir as metas de acordo com aquilo que a região precisa, observando as limitações ambientais e oportunidades de melhoria. “O Mapa acompanha todas as etapas para a implementação dos planos estaduais”, assinala.

Os Estados do Pará, Rondônia, Ceará, Piauí, Sergipe e Paraná já estão com os planos prontos, aguardando apenas a publicação oficial para que sejam implementados. Em Alagoas, será realizada no final de julho a Oficina de Trabalho para a construção do Plano ABC Estadual, que é o passo seguinte após a realização dos seminários de sensibilização. “O objetivo dessa oficina é construir um documento preliminar ao plano para posterior publicação”, ressalta Ramos.

Adesão. A adesão ao Plano ABC vem crescendo a cada Plano Agrícola e Pecuário (PAP). No ano-safra 2014/2015, de julho a maio de 2015, já foram desembolsados R$ 3,09 bilhões. A expectativa para o PAP 2014/2015, que termina no dia 1º de julho, é de que as contratações cheguem a R$ 3,2 bilhões.

Para a safra 2015/2016, o Plano Agrícola e Pecuário disponibilizou para o Programa ABC R$ 3 bilhões para financiamento das tecnologias sustentáveis que, além de promover benefícios ambientais, aumentam a produtividade e consequentemente a renda do produtor rural.

O prazo para pagamento pode chegar a 15 anos, com 3 anos de carência. Os juros para produtores do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) são de 7,5% e do Programa ABC é de 8% ao ano. O médio produtor que apresentar projeto com as tecnologias do ABC terá juro de 7,5% disponibilizado.

Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.

Fonte: Feed & Food, 26 de junho

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Grupo Gestor do ABC Tocantins apresenta resultados de ações em reunião em Brasília

17/06/2015 - Eliane Tenório - Núcleo Agricultura

O engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), e também coordenador do Grupo Gestor do ABC Tocantins, Fernando Fernandes Garcia participou, no último dia 11, em Brasília (DF), da oficina “Monitoramento e Avaliação dos Planos ABCs nos Estados da Amazônia Legal”, promovida pelo Observatório ABC.

O encontro aconteceu para realizar trocas de experiências e informações entre os grupos Gestores do Plano Nacional de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) nos estados da Amazônia legal. Participaram do evento representante do Plano dos estados, do Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

Segundo Fernando Garcia, o Observatório ABC vem participando do monitoramento do Plano ABC por acreditar nas ações propostas no Plano ABC. O Tocantins aplicou recursos, no período de julho de 2011 a fevereiro de 2015, no valor de R$ 453,9 milhões, com a realização de 1.923 contratos de crédito rural, o que dá ao estado o status de 1° lugar da região norte e 7° no Brasil na aplicação de recursos do crédito rural do Programa ABC.

“Essa foi uma grande oportunidade de mostrar os bons resultados obtidos pelo Tocantins nas atividades e execução do plano ABC, graças às ações implementadas pelo grupo gestor”, disse. O compromisso do Tocantins é contribuir de 8,5 a 10,5%, da meta nacional que é a de reduzir de 36,1 a 38,9%, das emissões de gases de efeito estufa, no período de 2010 a 2020.

Mais ações

De acordo com Fernando Garcia, o Grupo Gestor do Plano ABC para o Tocantins vem sendo desenvolvido desde 2011 e nesse período o Tocantins realizou ações como a divulgação de informações e realização de cursos de capacitação, instalação de 40 unidades de referências tecnológicas em 26 municípios tocantinenses, e a participação de 5.400 pessoas em diversos eventos técnicos.

ABC no Tocantins

Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o qual é composto por um conjunto de ações voltadas a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na produção agropecuária, com metas estabelecidas até 2020 e parte da Política Nacional de Mudanças Climáticas e dos compromissos assumidos pelo Brasil na 15ª Conferência das Partes (COP-15), da Convenção do Clima.

Observatório ABC

O Observatório ABC é uma iniciativa voltada a engajar a sociedade no debate sobre a agricultura de baixo carbono. Coordenado pelo Centro de Estudo de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (GVAgro) e desenvolvido em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces), tem como foco a implementação do Grupo Gestor

Grupo gestor

No Tocantins o grupo gestor é composto por servidores da Secretaria de Seagro, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPT), Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Faculdade Católica do Tocantins (Facto), Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DFMDA), Superintendência Federal da Agricultura no Estado do Tocantins (SFA-TO), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Embrapa Pesca e Aquicultura (CNPASA – Embrapa), Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar- TO), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-TO), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), Sindicato e Organização das Cooperativas no Estado do Tocantins (OCB-TO), The Nature Conservancy (TNC Brazil).

Fonte: site da Secretaria de  Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) do Tocantins

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Encontro mostra experiência de produtor maranhense com ILPF

Acontece no próximo dia 26 de junho, em São Raimundo das Mangabeiras-MA, evento sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). Devem participar pesquisadores e analistas de transferência de tecnologias de diferentes Unidades da Embrapa, técnicos da extensão rural, produtores e outros profissionais ligados à agropecuária do Matopiba, região que abrange partes dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia e todo o Tocantins.

Estão programadas cinco estações técnicas. Na primeira, na segunda e na terceira, serão debatidos, respectivamente, os componentes florestal, agrícola e pecuário dentro do sistema ILPF. A quarta estação envolve visita às instalações e aos maquinários necessários para o sistema e, na quinta estação, haverá plenária sobre ILPF e Plano ABC.

Cláudio França Barbosa é analista de transferência de tecnologias da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), uma das unidades da empresa que atuam na região do Matopiba. A empresa vem trabalhando com Unidades de Referência Tecnológica (URTs) no Tocantins. Segundo ele, "as URTs nas propriedades rurais que a Embrapa Pesca e Aquicultura e o Ruraltins estão implantando no estado estão parcialmente consolidadas, ou seja, em uma primeira fase de capacitação de extensionistas rurais do Ruraltins por meio do projeto ABC TO. Algumas propriedades, distribuídas geograficamente por todo o Tocantins, incluíram em um planejamento plurianual participativo a integração dos sistemas de produção lavoura, pecuária e floresta em pelo menos uma de suas modalidades".

Atualmente, cerca de 10 propriedades, a maioria nas regiões Central e Sul do Tocantins, trabalham com ILPF sob a coordenação da Embrapa e do Ruraltins. Cláudio explica que "a predominância ainda é de integração somente dos componentes agrícola e pecuário, ficando o componente florestal com menor participação. No componente agrícola, há predominância das lavouras de soja e milho e, no pecuário, predomina a bovinocultura de corte".

O analista da Embrapa relata a importância de produtores rurais conhecerem experiências de outros produtores que deram certo. "No local do evento, o fato de os produtores visitantes conhecerem as experiências que deram certo, seus protagonistas, que trabalharam juntando pesquisa, extensão e aquele produtor rural anfitrião, lhe traz uma convicção das inúmeras possibilidades de adoção de tecnologias e processos produtivos em suas próprias fazendas. É importante porque (os produtores) observam o que deixaram de fazer em suas propriedades rurais e também o que lá fazem e não é feito ali. Conhecem o histórico, conseguem perceber situações desejáveis visualmente, além de ouvir os relatos das alterações ambientais, sociais e econômicas, em decorrência da experiência com ILPF, que ocorreram na propriedade visitada".

Encontros anuais – Um encontro desses será realizado a cada ano (até 2018) em cada um dos quatro estados que formam o Matopiba. Ao final do encontro no Maranhão, deve ser definido o local (qual URT será visitada) e a data do evento do próximo ano.

Esses encontros fazem parte de projeto da Embrapa que trabalha com transferência de tecnologias que utilizam ILPF no Matopiba. Além da Embrapa Pesca e Aquicultura, compõem o projeto na região outras três unidades: a Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI); a Embrapa Cocais (São Luís-MA); e a Embrapa Cerrados (Planaltina-DF). Assim como há ações no Matopiba, acontecem outras atividades, também relacionadas a transferência de tecnologias em ILPF, em diversas regiões do país.

Clenio Araujo (6279/MG)
Embrapa Pesca e Aquicultura

Telefone: (63) 3229-7836
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Prezados amigos,

Seguem as apresentações feitas no evento celebrando o Dia Nacional de Conservação de Solos de 2015 em Palmas - TO. Esse evento aconteceu no auditório da Seagro-TO e contou com a participação de técnicos e estudantes.

Neste ano buscamos uma abordagem um pouco diferente em relação aos anos anteriores, incluindo uma atividade prática de alocação de terraços. Essa atividade aconteceu no Campus II da Faculdade Católica do Tocantins.

Aos que estiveram presentes, espero que tenham gostado do evento. Lembrem-se do que foi dito no evento: as práticas de conservação de solos devem ser feitas durante todo ano e celebradas em 15/04!


Saudações conservacionistas!




Palestras:


1. Planejamento e conservação de solos
Deivison Santos
Embrapa

2. Terraceamento
Alexandre Barrto
Faculdade Católica do Tocantins

3. Agrometeorologia
José Luiz Cabral
Unitins-Agro

4. Projeto Taquarussu: Uma fonte de vida
Fabíola Raquel Preihs
Odebrecht Ambiental Saneatins

5. Conservação de solos
Roberto Jorge Sahium
SDR/ Palmas-TO

6. Estradas vicinais
Roberto Campos
SDR/Palmas-TO


segunda-feira, 6 de abril de 2015

Caros amigos,

Segue a divulgação do curso de especialização em "Manejo do Solo", que será realizado em Balsas - MA.

Esse curso é organizado pelo Departamento de Solos da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).

Acredito que seja uma ótima opção para os técnicos que participaram das capacitações do Projeto ABC TO se especializarem nos tópicos relacionados a manejo do solo.

Este curso já é consagrado, sendo oferecido há alguns anos, e agora está chegando no MATOPIBA pela primeira vez. É um curso presencial, e será realizado na sede da FAPCEN em Balsas - MA.

O curso tem duração de dois anos, iniciando em 15/05/2015, totalizando 400 horas, com certificado.

Maiores informações podem ser encontradas no sítio:


http://www4.esalq.usp.br/cursos/15-05-2015-Manejo-do-Solo-Balsas-MA


Aproveitem, quem sabe em breve não conseguimos trazer esse curso para Palmas - TO.


Saudações,


Deivison

quinta-feira, 19 de março de 2015

Ministros de agricultura dos Brics visitam Embrapa e conhecem ILPF

Cristiane Vasconcelos (18/03/2015)
Ministros de agricultura dos Brics visitam Embrapa e conhecem ILPF Ministros de agricultura e desenvolvimento agrário dos Brics – grupo de cooperação integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – estiveram no Brasil nos dias 11 e 12 de março. Como parte da visita, os representantes da Índia e da África do Sul se reuniram com o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, o chefe da Secretaria de Relações Internacionais, Mário Seixas, e o chefe-geral da Embrapa Cerrados, José Roberto Peres. Eles trataram da identificação de conhecimentos e tecnologias que possam gerar oportunidades de cooperação entre os países.
As tecnologias sustentáveis e a revolução na produção de alimentos no Brasil foram temas de destaque no encontro com os dirigentes da Embrapa, realizado na sede da Empresa. Os visitantes obtiveram informações sobre os avanços mais recentes em diversas áreas do conhecimento agrícola no Brasil. Também conheceram desafios e oportunidades, como o Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), do qual a Embrapa participa em ações para redução das emissões pela agricultura.

Integração sustentável

Um dos assuntos discutidos foi a integração de sistemas agrícolas. Os visitantes tomaram conhecimento do I Congresso Mundial de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (WCCLF2015), promovido pela Embrapa e parceiros e que será realizado em Brasília, de 12 a 17 de julho. No evento serão abordados aspectos da intensificação sustentável da agricultura por meio da integração dos sistemas de produção de grãos, animal e florestal. Os representantes estrangeiros foram estimulados a divulgar o congresso em seus países. A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é considerada uma das novas revoluções agrícolas e tem o Brasil como protagonista, com importantes resultados nas pesquisas sobre intensificação sustentável.
Integrantes da comitiva da África do Sul mostraram interesse nos desafios de produtividade. Maurício Lopes explicou que, com a ILPF, por exemplo, é possível contribuir para o aumento sustentável da produtividade, já que os sistemas integrados fazem uso mais eficiente de recursos como água, solo e fertilizantes, e aproveitam melhor a terra. “Além do foco na produção de alimentos, pensamos também em alternativas para redução das emissões de carbono e que visem à sustentabilidade, palavra de ordem hoje no Brasil e que tem ajudado a lidar com a demanda crescente por alimentos”, disse o presidente. A Embrapa investe ainda nas chamadas tecnologias “poupa-terra”, que permitem aumentar a produtividade sem a necessidade de utilizar novas áreas.
A transferência de tecnologia foi outro tema da reunião com os representantes da Índia e da África do Sul. Os visitantes conheceram detalhes da articulação da Embrapa com sua rede de parceiros, que inclui instituições de assistência técnica pública e privadas. Também obtiveram informações sobre a estrutura do Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT), responsável por facilitar e contribuir para o processo. “Somos uma organização tecnológica e não atuamos apenas para gerar artigos. Produzimos tecnologia, soluções e respostas para os produtores brasileiros, contando com parcerias indispensáveis no setor público e privado, com instituições de pesquisa, nacionais e internacionais”, afirmou o presidente.

Agenda comum

Na reunião entre os ministros e as respectivas comitivas, realizada no Ministério das Relações Exteriores, foram discutidos temas relacionados aos trabalhos desenvolvidos pela Embrapa, entre eles: políticas para agricultura familiar; segurança alimentar e nutricional; cooperação técnica; mudanças climáticas; pesquisa e inovação; comércio e sistema de informações agrícolas. Os assuntos possuem forte conexão com a atuação da Embrapa, por isso os ministros da África do Sul e da Índia incluíram a Empresa na agenda de Brasília.
 Cristiane Vasconcelos
Secretaria de Comunicação

terça-feira, 3 de março de 2015

Brasil tem 120 milhões de hectares de pastos degradados

O boi que se alimenta em uma pastagem degradada demora até 50 meses para atingir o peso de abate. Em um pasto bom, esse tempo é reduzido pela metade. Problemas nas pastagens aumentam o custo e prejudicam o meio ambiente. Mas há soluções sustentáveis para o produtor rural. Ouça comentário no CBN Agronegócios.

Acesse aqui matéria original, com link para comentário em rádio.

Fonte: Globo Rural, 3 de março

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Dia de Campo na Embrapa Agrossilvopastoril

Prezados multiplicadores
Reforçamos o convite para o 5º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, dia 27/fev/2015 na Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop-MT. Evento realizado numa parceria da Embrapa com o Sistema Famato/Senar.


 
Responsável pelo evento:
Lineu Domit/Embrapa Agrossilvipastoril
Caixa Postal 343 - CEP  78550-970  -  Sinop/MT
Fone: (66) 3211-4340 e 9629-4398 (Claro)

Contamos também com a sua colaboração na divulgação do Dia de Campo para interessados nos temas que serão apresentados.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Acordo de cooperação técnica busca estimular agricultura de baixo carbono

Escrito por  Poliana Corrêa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Instituto Febraban de Educação (INFI), a Associação Brasileira das Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), firmaram acordo de cooperação técnica para viabilizar projetos financiáveis de agricultura de baixo carbono.

Tiago Luiz Cabral Peroba, gerente do Departamento de Gestão do Crédito Rural do  BNDES, explica os objetivos do acordo:

Esse acordo que visa fomentar o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), tem como principais objetivos a elaboração de um processo de capacitações de analistas bancários e de projetistas técnicos para que eles possam auxiliar no melhor processo de elaboração de projetos e análise de projetos para concessão de crédito para o programa de agricultura de baixo carbono. Esta iniciativa foi identificada como prioritária para que a gente consiga reduzir as barreiras que impedem a boa aplicação dos recursos do Programa ABC, juntamente com outra iniciativa que também faz parte desse acordo de cooperação, que é a elaboração de roteiros customizados para facilitar o processo de tomada de crédito, principalmente o processo de análise do projeto do produtor rural dentro da instituição financeira que irá conceder o crédito ao produtor”.

No acordo estão previstas diversas capacitações e cursos para projetistas agropecuários, analistas bancários e profissionais que irão atuar como multiplicadores de conhecimento das tecnologias apoiáveis pelo Programa ABC. Também serão elaborados roteiros personalizados, considerando a microrregião e o bioma onde a propriedade rural está localizada.

A gente quer que as pessoas percebam a importância de se elaborar uma agricultura em bases sustentáveis, isso é uma questão importante, mas não só tomar o crédito porque isso é importante ambientalmente falando, mas porque isso irá gerar retorno para propriedade, para o produtor rural. É importante que estes roteiros, com todo este trabalho importante que estamos fazendo com a Embrapa, com a Confederação Nacional Agrícola (CNA), é mostrar ao produtor que ele pode pegar crédito para fazer uma agricultura em base sustentável e isso lhe gerar retornos financeiros”.

Para informações complementares sobre o acordo, acesse: www.bndes.gov.br.

Fonte: Web Rádio Água, 19 de janeiro

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Estudo comprova mitigação de gases de efeito estufa pela ILPF

Prezados colegas do projeto ABC TO

Resultados preliminares de pesquisa desenvolvida na Embrapa Agrossilvipastoril (MT), demonstraram a eficiência dos sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) na mitigação de gases de efeito estufa.
Leiam este estudo clicando no link abaixo:
Estudos socioeconômicos e ambientais
Ou digitando o seguinte endereço eletrônico:
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2411761/estudo-comprova-mitigacao-de-gases-de-efeito-estufa-pela-ilpf

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

DF: Plano ABC conta agora com sistema geoprocessamento

Ferramenta vai ajudar no monitoramento dos recursos aplicados
 

Brasília/DF
O Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tem uma nova ferramenta de consulta e monitoramento.

Desenvolvida pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Mapa, o sistema de geoprocessamento vai auxiliar na espacialização da informação, mostrando em tempo real onde estão sendo aplicados os recursos do ABC.

“O sistema permite visualizar, por meio de mapas, as áreas onde o ABC está sendo implantado”, conta Sérgio Paganini, da Esalq, que junto com os técnicos Alberto Barreto e Rodrigo Maule, desenvolveram a ferramenta, sob a coordenação de Gerd Sparovek.

O geoproecessamento vai agilizar o acompanhamento da evolução do ABC, permitindo que o usuário tabule os dados por estado ou por linha do programa, além de geração de mapas que indicam como as diferentes regiões estão aplicando os recursos.

Para o secretário Caio Rocha, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC/Mapa), tecnologias como essa têm sido um dos diferenciais da agricultura brasileira. “Essa ferramenta vai modernizar o ABC, possibilitando a criação de um banco de dados que vai permitir um maior controle do programa”, afirma.

O ABC
O programa é dividido em sete eixos - seis de adaptação ao processo de mudança climática e um de mitigação. O planejamento e adoção de tecnologias de produção sustentáveis envolvem a recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta (Ilpf), sistemas agroflorestais (SAFs), sistema plantio direto (SPD), fixação biológica de nitrogênio (FBN), florestas plantadas, tratamento de dejetos animais e adaptação às mudanças climáticas.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

Fonte: Página Rural, 12 de janeiro

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Solo bem nutrido gera mais lucro ao produtor

Recuperação de pastagens é uma das recomendações essenciais para que produtor mantenha boa produtividade

O sistema de produção integração Lavoura-Pecuária (iLP) visa integrar os componentes pecuário e agrícola (em rotação, consórcio e sucessão) na mesma área, em um mesmo ano agrícola ou por vários anos.

Um dos objetivos do iLP é buscar soluções eficazes para o setor produtivo. A recuperação de pastagens degradadas é uma das recomendações essenciais para que o produtor mantenha uma boa produtividade sem precisar expandir a área plantada.

O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas/MG), Antônio Marcos Coelho, esclarece que na maioria das regiões produtivas do Brasil predomina o solo com baixa fertilidade natural e com alta acidez.

Em consequência, ocorre a necessidade de importação de fertilizantes. Para a safra de 2011/2012 foi necessário importar 70% dos insumos, o que representou um gasto de nove bilhões de dólares.

"Esse percentual tem crescido a uma taxa de 4% ao ano no Brasil. Por isso, para reverter essa situação, é necessário construir a fertilidade dos solos, usando tecnologias mais eficientes, que permitam reduzir o uso de fertilizantes", afirma.

O manejo da fertilidade do solo começa com uma boa amostragem para análise química e física de fertilidade. O diagnóstico da análise permitirá fazer um planejamento da adubação, considerando as culturas que vão compor os sistemas de produção, a exemplo do milho consorciado.

"Temos que observar também as exigências nutricionais das culturas e compor o solo com os nutrientes necessários para a cultura mais exigente. Isso nos dá como retorno maior sustentabilidade do sistema e ganhos econômicos", coloca Antônio Marcos.

O calcário e o gesso agrícola são dois insumos utilizados para corrigir o solo. Assim como para fazer a calagem, o resultado da análise de solo permitirá mensurar, também, a necessidade ou não de aplicação de gesso.

A quantidade de gesso é determinada após a verificação do grau de acidez na camada subsuperficial do solo, abaixo dos 20 cm de profundidade.

"Se essa camada apresentar grau de acidez que prejudique a planta, bem como baixo teor de cálcio, é justificado o uso do gesso agrícola. O gesso proporcionará uma melhoria da fertilidade do solo e maior desenvolvimento do sistema radicular da planta. Consequentemente, haverá maior tolerância da cultura aos períodos de déficit hídrico", orienta Antônio Marcos.

O representante da Agronelli – Insumos Agrícolas, João Donizette do Amaral Júnior, ressalta que o gesso agrícola é um fertilizante condicionador de solos, porque é uma fonte eficiente de cálcio e enxofre, promove maior desenvolvimento radicular em profundidade e permite a redução da saturação por alumínio.

"O gesso agrícola aumenta a eficiência agronômica no aproveitamento dos fertilizantes e promove maior resistência da planta à seca e maior acesso ao volume de água e nutrientes disponíveis no solo", diz.

Ao fazer o planejamento da adubação para o cultivo de gramíneas o produtor deve observar, na análise laboratorial, todos os micronutrientes necessários para o solo e dar especial atenção aos elementos zinco e boro, que são limitantes para a produtividade do solo.

Antônio Marcos alerta para a necessidade de se fazer a adubação nitrogenada de cobertura, principalmente para o cultivo de gramíneas como o milho e a brachiaria para pastagem.

Para isso, o produtor precisa observar o resultado da análise química do solo e determinar qual potencial produtivo deseja alcançar na safra. "As exigências nutricionais das culturas em relação aos componentes nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) também devem ser avaliadas" afirma.

Cama de frango é uma alternativa de adubo orgânico

A cama de frango é um adubo orgânico que pode ser utilizado para a preparação do solo nos sistemas de iLP. É uma compostagem eficiente para eliminar agentes patogênicos, evitar a infestação de moscas e a proliferação de pragas de solo como cupins e larvas de besouros.

O gerente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Walfrido Machado Albernaz, informa que a região de Sete Lagoas (MG) tem a maior produção desse fertilizante natural no Estado.

"A adubação com a cama-de-frango permanece por mais de um ano. Porém, antes de aplicar esse recurso, o produtor deve fazer a análise de solo e do composto para a adubação, de acordo com a exigência nutricional da cultura a ser semeada, para, se necessário complementar com adubo químico", diz.

De acordo com a Emater, a análise do fertilizante orgânico, que neste caso é a cama de frango, é necessária para determinar a quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio que o fertilizante possui.

Além de nitrogênio, potássio e fósforo, enxofre, zinco, cálcio, magnésio, ferro, cobre e outros micronutrientes,  a cama de frango também possui matéria orgânica.

A matéria orgânica melhora a capacidade de armazenamento de água, facilita o crescimento das raízes das plantas e retém água e nutrientes no solo.

"Para ser mais viável como fertilizante, a cama de frango deverá ser compostada usando-se aditivos biológicos e químicos, como fosfato, gesso, etc. Além disso, a mistura da cama de  frango com o esterco bovino pode favorecer a compostagem, pois melhora a relação carbono-nitrogênio", afirma Albernaz.

Walfrido considera que são necessários mais investimentos em pesquisa para o desenvolvimento de melhorias contínuas no processo de compostagem, na distribuição e na transferência da tecnologia para os produtores.

Ele destaca também a necessidade de haver maior fiscalização do uso irregular da cama de frango para incentivar sua melhor utilização como fertilizante.

Pastejo de animais favorece a recuperação do solo

A pastagem realizada em área degradada faz o rebanho bovino produzir mais gás metano e ocasiona o aumento da emissão de gases de efeito estufa, além de prejudicar o desenvolvimento dos animais.

"No sistema integração Lavoura-Pecuária recomenda-se ao produtor fazer a rotação das culturas e dos pastos, para beneficiar os dois sistemas. O manejo adequado propicia ganho de peso para os animais nos períodos de seca e equilíbrio na época de chuva", orienta o médico veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fabiano Alvim.

Outro benefício de pastagens intensificadas é evitar a desertificação do solo.

"Muitas áreas desertas decorrem da ausência de herbívoros. O pastejo com animais pode reverter a situação. Além disso, para o pecuarista, uma área bem tratada, proporciona maior produção de leite ou de carne, com menos animais", afirma Leovegildo Lopes de Matos, pesquisador da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora/MG).

"O solo é o principal recurso do produtor, de onde ele deve tirar o recurso (forragem e grãos) para alimentar melhor o rebanho. O gado bem alimentado tem mais saúde e gera mais lucro", afirma Matos.

Garantia de safra

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é uma das instituições financeiras que incentivam os produtores que adotam os sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), por meio do "Projeto Rural Sustentável".

De acordo com o gerente, Tiago Araújo Mendes, o projeto busca levar tecnologias para serem implementadas no campo, a fim de evitar perdas de safras e apoiar o produtor com financiamentos e capacitação técnica e gerencial.

Fonte:
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Fonte: Portal Brasil, 7 de janeiro