A solenidade de assinatura, realizada na sede do
Sistema CNA/SENAR, em Brasília, reuniu representantes de todas as
entidades parceiras na iniciativa. O Secretário Executivo do SENAR,
Daniel Carrara, destacou o processo participativo que existiu durante a
construção do projeto e que continuará sendo a marca registrada do ABC
Cerrado na execução das ações previstas. “É um projeto completo, que vai
atuar na formação do produtor, do técnico e ainda oferecer assistência
técnica. Estamos com a nossa rede mobilizada e tenho certeza que o ABC
Cerrado será um marco na Agricultura de Baixo Carbono do Brasil”.
Os integrantes do Banco Mundial ressaltaram a
importância do projeto no contexto da agricultura mundial – onde a
demanda por alimentos será cada vez maior – e reforçaram o motivo da
escolha pelo Brasil: um país com potencial produtivo e condições para a
aplicação de práticas sustentáveis. “O ABC Cerrado é importante pela
parceria e pelos resultados que esperamos. O Banco Mundial vai
compartilhar os aprendizados do Brasil com o mundo inteiro”, disse o
Coordenador-geral de Operações do Banco Mundial no Brasil, Boris Utria.
Para David Tuchschneider, especialista em
Desenvolvimento Rural do Banco Mundial, a tecnologia é o melhor caminho
para aumentar a produção de alimentos sem desmatar novas áreas e o
Projeto ABC Cerrado representa uma solução para esse desafio.
“Calculamos que a demanda por alimentos no mundo deverá dobrar até 2050.
O Brasil aumentou muito a sua produção nas últimas décadas e sem
tecnologia isso não seria possível. Hoje, existem extensões de terras
degradadas e o ABC tem práticas para melhorar essas áreas”, analisa.
A próxima etapa será iniciar a elaboração do
material didático e dos conteúdos das capacitações, junto com a Embrapa.
A seleção dos consultores responsáveis pelo treinamento dos
instrutores, supervisores e dos técnicos de campo também será iniciada
neste segundo semestre, para que o projeto possa ser executado a partir
de 2015.
ABC é tendência mundial
O diretor-executivo da Embrapa Transferência de
Tecnologia, Waldyr Stumpf Junior, salienta que a Agricultura de Baixo
Carbono é uma questão preponderante no mundo inteiro atualmente e o
Brasil sai na frente com o Projeto ABC Cerrado, que reúne um conjunto de
ações para tornar a atividade mais produtiva, rentável e sustentável
com foco em quem está na ponta da cadeia. “Temos cinco milhões de
produtores rurais e condições de crescer horizontalmente, assim como
recuperar áreas degradadas. Tenho certeza de que o projeto já é um
sucesso e em breve teremos que ampliá-lo”, prevê.
Na opinião do secretário substituto da Secretária
de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa, José
Guilherme Leal, o ABC Cerrado surge num momento em que a agricultura
sustentável ganha cada vez mais espaço no Brasil. Ele ressalta a
relevância dos questionamentos feitos pelo Banco Mundial na concepção do
projeto, que ajudaram a qualificar a iniciativa, e chama a atenção para
um aspecto essencial: a preservação do bioma Cerrado. “O projeto é
totalmente alinhado com o Governo e os anseios do setor produtivo do
Brasil. Outro diferencial é trabalhar a questão da assistência técnica
com cuidado ambiental”, elogia.
Projeto ABC Cerrado
Ação conjunta do SENAR, do Ministério da
Agricultura e da Embrapa, o Projeto ABC Cerrado pretende incentivar e
difundir a adoção de práticas sustentáveis para a redução das emissões
de gases de efeito estufa e sensibilizar o produtor para que ele invista
na sua propriedade de forma a ter retorno econômico mantendo o meio
ambiente preservado. O SENAR será responsável pela capacitação nas
tecnologias, formação profissional e pela assessoria em campo, com
recursos do Programa de Investimentos em Florestas (FIP, sigla em
inglês) – via Banco Mundial.
O ABC Cerrado vai atender nove estados do Bioma
Cerrado (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão,
Bahia, Piauí, Minas Gerais e o Distrito Federal), num período de três
anos, com a promoção de quatro processos tecnológicos: recuperação de
pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema de
plantio direto e florestas plantadas.
O projeto prevê a realização de seminários de
sensibilização e divulgação nos estados participantes, capacitação
tecnológica de produtores e gerentes de propriedades e instrutores do
SENAR e, ainda, treinamento dos técnicos que atuarão na assessoria em
campo para os produtores. Ao todo, 12 mil propriedades vão receber
capacitação e desse total, 1.200 nos estados de Minas Gerais, Goiás,
Tocantins e Mato Grosso do Sul terão, também, assistência técnica. Esses
estabelecimentos terão o compromisso de executar uma das tecnologias
aprendidas que serão transformadas em cases de estudo e vitrines
tecnológicas.
Assessoria de Comunicação do SENAR
(61) 2109-4141
www.senar.org.br
Fonte: site do Senar, 1º de agosto (clique aqui para acessar)
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