Diminuir a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera é uma
preocupação do governo do Estado em favor do meio ambiente. Com este
objetivo, o Tocantins é integrante, desde 2012, da Força Tarefa dos
Governadores para Clima e Florestas (GCF), que visa à elaboração de
políticas para o desenvolvimento rural e preservação de florestas. Por
meio da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), o Estado reforça a
importância de projetos que gerem impactos positivos sobre a
biodiversidade.
O secretário da Agricultura, Ruiter Pádua, explicou que a orientação do
governo de melhorar a produção sem desmatar tem sido seguida a risca.
“A gente tem procurado seguir esta política com bastante ênfase,
inclusive através do reflorestamento, através do plantio de madeiras
energéticas, como eucalipto, e do plantio de seringueira para produção
de látex. Essa é uma forma de evitar o desmatamento e diminuir a emissão
de gases carbônicos”, afirmou.
Segundo o secretário, o desenvolvimento do Programa Agricultura de
Baixo Carbono (ABC), coordenado pela Seagro no Estado, tem um importante
papel na redução desses gases. “A Seagro faz o acompanhamento desse
trabalho, que tem trazido um beneficio muito grande, principalmente com o
incentivo ao plantio integrado de lavoura, pecuária e floresta,
contribuindo para redução do efeito estufa”, disse.
Outra alternativa é o Mercado de Crédito de Carbono Florestal, por meio
da Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação (REED) e Projetos
que envolvem o manejo florestal e o reflorestamento, que visam
desenvolver no Tocantins o incentivo à conservação ou recomposição de
áreas florestais, conforme explicou o mestre em Mudança de Clima Marcelo
Haddad. “Quando o produtor conserva áreas de floretas, evita que esta
área seja desmatada e que o carbono que tem nas árvores seja lançado na
atmosfera. Com isso, ele consegue reduzir as emissões de gases de feito
estufa. Cada tonelada de dióxido de carbono é um crédito que pode ser
negociado dentro do mercado de carbono”, destacou.
Segundo Haddad, há no Tocantins um grande potencial para o
desenvolvimento deste mercado e inclusão da REED, já que o Estado possui
grande quantidade de terras que ainda não foram desmatadas. Para isso, a
meta é cadastrar 100 proprietários rurais para desenvolvimento destas
práticas em suas propriedades.
O delegado do Tocantins na Força Tarefa dos Governadores para Clima e
Florestas (GCF), Pedro Gill, explicou que o Estado é atuante da
plataforma colaborativa, principalmente, das ações de REED, juntamente
com mais cinco Estados brasileiros e mais 11 de outros países.
“Participamos das ações, capacitações de recursos, e trabalhamos em
projetos de redução de emissões na área de agropecuária, através de
levantamentos e ações pontuais. Definimos uma serie de pontos e ações”,
frisou.
Essas ações e projetos foram temas de palestras minitradas no 2º
Worshop de Discussão sobre o REDD+, realizado no auditório da Seagro
nesta semana. Segundo a engenheira agrônoma, Eliana Pareja, a proposta
era gerar a discussão sobre os projetos. “A ideia é trazer à academia,
aos pesquisadores e aos técnicos que atuam com produtores rurais a
oportunidade de conhecer as alternativas, que são projetos florestais
aliados à conservação da floresta e a redução na emissão de gases do
efeito estufa”, garantiu.(ATN)
Fonte: Portal Stylo, 5 de setembro
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