quarta-feira, 24 de julho de 2013

Comitê Nacional atenderá demandas na cadeia produtiva do leite

Foto/Cristiane Vasconcelos
Comitê Nacional atenderá demandas na cadeia produtiva do leite

A cadeia produtiva do leite está presente em todas as regiões brasileiras, constituindo-se em um setor com grande demanda por ações de transferência de tecnologias. Para abrir um canal institucional de atendimento a essas demandas, a Embrapa irá instituir o Comitê Gestor Nacional da ATER do leite com o objetivo de definir uma agenda de transferência de tecnologia para produtores e segmentos da assistência técnica e extensão rural de todo o País.
O Comitê é uma iniciativa interna e inicialmente reunirá cinco representantes de Unidades da Embrapa presentes em cada uma das regiões do País, na busca de soluções de TT que atendam demandas da ATER pública, a partir do levantamento de tecnologias para produtores e ações de capacitação junto aos profissionais de ATER. Segundo o chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Fernando Amaral, a estratégia de ação é “consolidar uma agenda que permita a articulação das Unidades e a estruturação de informações sobre as tecnologias disponíveis que possam ser associadas à cadeia do leite”. Futuramente, a atuação do Comitê será estendida à participação de parceiros como o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e empresas de assistência técnica públicas e privadas.
Hoje, o Brasil tem 1,3 milhão de estabelecimentos rurais que produzem leite. Desses, 1,1 milhão são considerados da agricultura familiar. Uma das atribuições do Comitê será definir uma estratégia de governança nacional e regional, promovendo o desenvolvimento da agricultura familiar e o intercâmbio de conhecimentos entre a Embrapa, agricultores familiares e parceiros das agendas de TT. As ações das Unidades terão início pela construção de portfolios de soluções tecnológicas por biomas.
O DTT também vem atuando em outras frentes que irão subsidiar o Comitê Gestor, como por exemplo, o Grupo de Capacitação integrado pelo Departamento, Embrapa Estudos e Capacitação, Embrapa Informação Tecnológica, ambas em Brasília (DF), e MDA, que discute a organização da informação e o levantamento da capacidade de oferta de cursos de todas as Unidades da Embrapa que atuam no tema.
A primeira reunião do Comitê Gestor aconteceu no início de julho, em Brasília, na qual participaram o Diretor de TT da Embrapa, Waldyr Stumpf; o chefe do DTT, Fernando Amaral; o coordenador de articulação e programação do DTT, Edson Guiducci Filho; o chefe geral da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), Duarte Vilela; a chefe de TT da Embrapa Gado de Leite, Elisabeth Fernandes; a gerente geral da Embrapa Informação Tecnológica, Selma Beltrão; o chefe de P&D da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), Sérgio Renan Silva Alves; o chefe de TT da Embrapa Rondônia (Porto Velho, RO), Samuel José de M. Oliveira; Luiz Adriano Maia Cordeiro, da Embrapa Cerrados; Anísio Neto, da Embrapa Meio-Norte; e Lilian Pohl, Roselis Simonetti e Augusto Clemente, da coordenação de articulação e programação do DTT.

Entenda o assunto
A Embrapa, por meio da Embrapa Gado de Leite, vem construindo em conjunto com o MDA um programa estratégico para melhorar a eficiência da produção de leite de agricultores que produzem até 100 litros/dia. Dessa articulação surgiu a necessidade de ampliação e envolvimento de outras Unidades que atuam com a cadeia do leite em suas localidades para a construção da Chamada Pública de Ater – Leite, que foi discutida com 23 Unidades da Embrapa, em junho, em Juiz de Fora (MG).
Nessa reunião, foi deliberada a criação de um Comitê Gestor Nacional Embrapa/MDA para a referida chamada pública de assistência técnica e extensão rural. Alinhada a essas deliberações, a Embrapa respondeu rapidamente com a criação de um Comitê interno. A expectativa é que esse Comitê amplie seu escopo de trabalho e assuma novas responsabilidades relacionadas à cadeia do leite.

Texto:
Cristiane Vasconcelos (MTb/CE 1639)
Secretaria de Comunicação
Fone: (61) 3448-4247
E-mail: cristiane.vasconcelos@embrapa.br

Tecnologia facilita monitoramento do risco agrícola

Foto: Marcelino Ribeiro
Tecnologia facilita monitoramento do risco agrícola

O monitoramento do risco agrícola no País vem se tornando mais eficiente com o apoio da tecnologia da informação. Para realizar uma análise mais precisa de todas as informações referentes a perdas na produção, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) conta com uma Central de Informação de Risco Agrícola (Cira).
O sistema integra dados de diversas fontes, como crédito e seguro rural, indicadores socioeconômicos e zoneamento agrícola, permitindo gerar análises específicas. Por meio de gráficos, relatórios e tabelas, é possível traçar um panorama da situação atual e ainda produzir séries de dados históricos relativos a eventos climáticos, como seca, geada, vento, excesso de chuva, entre outros.
Os comunicados de ocorrências relacionadas à seca, por exemplo, podem ser monitorados diariamente, por estado ou município. Os dados abrangem o território nacional, incluindo todas as culturas do zoneamento agrícola brasileiro. Com isso, os boletins de monitoramento da safra emitidos pelo Ministério também usam a Cira como fonte para a elaboração das análises e recomendações.
Atualmente, a Central conta com informações de operações de crédito de custeio agrícola amparadas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), de operações de seguro rural privado que contam com subvenção do governo federal e informações de indicadores relacionados à atividade agrícola provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o coordenador-geral de Zoneamento Agropecuário do Mapa, Gustavo Bracale, a Central faz parte de um esforço maior do Departamento de Risco de Gestão Rural do Ministério para mapear e melhor qualificar os riscos produtivos na agropecuária brasileira. “Existem muitos dados estatísticos de diferentes instituições, ainda que dispersos, que podem e já estão auxiliando nesse objetivo”, afirmou.
Bracale ressalta que o projeto permite a integração dos dados relativos ao risco produtivo em uma base unificada, facilitando o cruzamento dessas informações e a geração de análises e estudos mais detalhados, que servem de orientação para ações conduzidas pelo Mapa no que tange à minimização de riscos de produção no campo. Como exemplo, aponta o estudo recente conduzido pelo Ministério para identificar áreas prioritárias para o programa de apoio ao seguro rural, visando otimizar a aplicação de recursos públicos destinados a essa política.
A tecnologia foi desenvolvida pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Mapa. O analista da Unidade Luciano Vieira Koenigkan conta que a Central foi estruturada para que o usuário do sistema possa obter os dados da forma mais adequada às necessidades, propiciando análises especializadas. Esse sistema funciona via web e é exclusivo do Ministério da Agricultura.
O uso de ferramentas de business intelligence (BI) possibilita extrair e integrar dados obtidos de variadas bases e diferentes formatos, como planilhas, bases de dados e outros sistemas, padronizando-os e permitindo a recuperação da forma mais apropriada, de acordo com o tipo de consulta que se deseja. “As ferramentas de BI ampliaram a quantidade e a variedade das informações. Assim, o usuário tem à sua disposição um conjunto de variáveis e pode combiná-las da melhor forma, para realizar suas análises”, explica Koenigkan.
A Cira é um serviço que integra o Sistema de Monitoramento Agrometeorológico Agritempo, consórcio que organiza e administra dados de um conjunto de mais de 1.300 estações meteorológicas espalhadas pelo País, resultado de parceria entre diversas instituições nacionais. Os sistemas são mantidos com recursos do Mapa, por meio de convênios de cooperação técnica firmados com a Embrapa Informática Agropecuária.

Texto:
Nadir Rodrigues (MTb/SP 26.948)
Embrapa Informática Agropecuária
Contatos: (19) 3211-5747 – nadir.rodrigues@embrapa.br

Primeiro aplicativo para nutrição de bovinos de corte será lançado

Foto/Danilo Moreira
Primeiro aplicativo para nutrição de bovinos de corte será lançado

Obter bons resultados na produção de carne a pasto não depende apenas de variáveis como disponibilidade de forrageiras, qualidade do pasto, formas de manejos e condições climáticas. O produtor precisa saber como investir, sobretudo, no período seco, momento mais crítico para suplementar o gado. Entretanto, tomar certas decisões com presteza e assertividade não é tarefa fácil, ainda mais se isso envolve perdas e ganhos.
Para auxiliar na tomada de decisão do produtor e na avaliação do benefício - custo da suplementação no período da seca, a Embrapa está lançando o Suplementa Certo, primeiro aplicativo para smartphones e tablets, com sistema operacional Android, desenvolvido com o objetivo de ajudar na escolha de produtos e estratégias pertinentes a nutrição de bovinos de corte.
Fruto da parceria entre a Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a aplicação para avaliação de benefício - custo da suplementação na seca (BCSS) - permite comparar, dentro de um mesmo tipo de suplementação, produtos de diferentes marcas de produtos. Além disso, realiza a comparação entre tipos distintos de suplementação, ou seja, suplementação com sal proteinado e semiconfinamento. Outra informação disponível no App é o número mínimo de cochos que deve ser disponibilizado ao lote a ser suplementado. Na visão do idealizador e pesquisador da Embrapa, Sérgio Raposo de Medeiros, esse é um diferencial importante do aplicativo.
“A quantidade mínima de cochos varia dependendo da estratégia, proteinado ou semiconfinamento, do porte dos animais, e do número de animais do lote. Esse é um dos principais motivos para resultado sub-ótimos da suplementação e, portanto, uma informação que aumenta a chance de obtenção do potencial da técnica no campo”, ressalta Raposo.
Ao inserir as informações sobre os produtos e o lote de animais a ser suplementado, o pecuarista terá acesso, após a comparação dos dados, a índices que mostram a margem da suplementação, que corresponde à diferença entre a Receita e o Custo da estratégia e/ou produto analisado; o ganho de peso que recupera o investimento, chamado de ponto de equilíbrio, e o retorno, em reais, para cada real investido. “Seja qual for o critério usado para a escolha, a ferramenta auxilia o produtor a tomar uma decisão mais segura, permitindo a obtenção de resultados superiores”, explica.
Com a adoção da tecnologia espera-se impactar a prática da suplementação, principalmente, na margem de escolha e ação do produtor. A expectativa, segundo Raposo, é de incentivar uma atividade mais consciente, na qual o pecuarista esteja mais conectado com os resultados e engajado na cobrança por produtos de suplementação de melhor desempenho. Portanto, com o uso do aplicativo anseia-se que haja maior controle nas tomadas de decisões.
O lançamento do aplicativo Suplementa Certo confirma o esforço contínuo da Embrapa em transferir tecnologia para a comunidade rural. O software integra as principais metodologias para cálculo do custo-benefício no uso da suplementação animal bovina no período de estiagem. Tudo isso na comodidade de um smartphone, um notepad ou qualquer outro dispositivo móvel que possua o sistema operacional Android. Vale ressaltar, que o seu uso não depende da internet.
A apresentação oficial ocorre no dia 25 de julho, no Hotel Foyer do Royal Palm Plaza, em Campinas-SP, durante a 50ª Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia. O aplicativo estará disponível para download através do Google Play após essa data.

Texto: Dalízia Aguiar - RT/MS 28/03/14
Embrapa Gado de Corte
Colaboração: João Costa JR - DRT/MS 619

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Consórcio seringueira, abacaxi e ovinos

Prezadas (os),

divulgo a publicação "Benefícios sociais, econômicos e ambientais dos sistemas agroflorestais ( SAFs) em pequenas propriedades rurais" que aborda a
proposta de implantação do projeto
“Heveicultura consorciada com abacaxi e ovinocultura em pequenas propriedades da região de Gurupi, TO”
premiada com menção honrosa pelo Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional Edição 2012, promovido pelo Ministério da Integração Nacional (MI).

O link: http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao/article/viewFile/274/228

Programa Nascente Viva

Prezados amigos, aproveito para informar que voltei das férias e peço-lhes que ajudem a divulgar um Programa que visa a recuperação de nascentes da região.
O edital da segunda edição do Programa Nascente Viva, que vai disponibilizar R$ 900 mil para projetos de recuperação e revitalização de nascentes ou olhos d’água das bacias hidrográficas do Tocantins, segue aberto até a próxima quarta-feira, 24. O programa é uma iniciativa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades), voltado para instituições do terceiro setor, com verba proveniente do Fundo Estadual de Recursos Hídricos.
Os projetos contemplados receberão, no máximo, até R$ 100 mil para execução do mesmo. As organizações participantes devem ter ações de manejo, plantio e manutenção de vegetação ciliar no entorno de nascentes; ações de capacitação e educação ambiental, implantação e adoção de práticas conservacionistas de solo e medidas que proporcionem a continuidade e sustentabilidade das nascentes recuperadas, visando a melhoria da qualidade de vida das populações locais.
Segundo a diretora de Planejamento de Recursos Hídricos da Semades, Danielle Magalhães Ohofugi, a equipe técnica da Secretaria tem prestado assistência e orientação a todas as entidades interessadas em concorrer. “Os principais esclarecimentos são referentes aos aspectos técnicos exigidos pelo edital e a documentação legal das organizações”, pontuou. O objetivo, segundo a diretora, é estimular uma maior participação das organizações do terceiro setor que estejam à frente de iniciativas de conservação dos recursos hídricos no Estado.

Inscrições
Os interessados têm até o dia 24 de julho, por meio da entrega do projeto no protocolo da Semades, de 12h30 às 18h30, ou encaminhamento postal. O regulamento completo está disponível no Diário Oficial do dia 26 de junho, edital de nº 01/2013. O resultado do edital será divulgado até 13 de agosto. Mais informações no site: www.semades.to.gov.br